sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Florbelas, Alices, Clarices e Hildashilstes...


O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!
(Florbela)

folha seca
sobre o travesseiro
acorda borboleta
(Alice)

Ainda bem que sempre existem outros dias. E outros sonhos. E outros risos. E outras pessoas. E outras coisas... (Clarice)

Há sonhos que devem permanecer nas gavetas,
nos cofres, trancados até o nosso fim.
E por isso passíveis de serem sonhados a vida inteira.
(Hilda)
 
Tuas poucas palavras
Meus atentos ouvidos
Um sopro adverso
Encrespando as águas.

Apenas escutava
O que tu não dizias.
Inteira ensimesmada
A tarde se fechava

Minha boca se abria
E não dizia nada.
Se eu pudesse diria:

Que a vida se me apaga
Porque o ouvido não ouve
O que lhe caberia.
Se dissesses – Amada –
(Te parece difícil?)

Só isso bastaria.
(Hilda)

Teus olhos têm uma cor
de uma expressão tão divina,
tão misteriosa e triste.
Como foi a minha sina!!!

É uma expressão de saudade
vagando num mar incerto.
Parecem negros de longe...
Parecem azuis de perto...

Mas nem negros nem azuis
são teus olhos meu amor...
Seriam da cor da mágoa,
se a mágoa tivesse cor.
(Florbela)

quem ri quando goza
é poesia
até quando é prosa
(Alice)

... e ela acreditava em anjos e, porque acreditava, eles existiam.
(Clarice)

 Do começo ao fim,
asas me levam sempre assim.
Do fim ao começo,
traço o tropeço,
asas me trazem sempre enfim...
(Eu)

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