segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

saber doía...

“Sabedoria.
Saber, doía.
  Era melhor
não saber."
(Wandin Alves)

sábado, 20 de dezembro de 2014

apenas buscam...


a diferença entre borboletas e baratas são apenas flores...
enquanto umas buscam flores, as outras à penas buscam...

... and I don't believe in the existence of angels


And I don't believe in the existence of angels
But looking at you I wonder if that's true
But if I did I would summon them together
And ask them to watch over you

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Maat...

a pena em equilíbrio...

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

penas de Lou Reed...

Lou Reed’s Adaptation of Edgar Allan Poe, Illustrated by Italian Artist Lorenzo Mattotti.

In:  http://www.brainpickings.org/2013/12/02/the-raven-lou-reed-lorenzo-mattotti/

pena de Florbella...

Morte, minha Senhora Dona Morte,
Tão bom que deve ser o teu abraço!
Lânguido e doce como um doce laço
E, como uma raiz, sereno e forte.

Não há mal que não sare ou não conforte
Tua mão que nos guia passo a passo,
Em ti, dentro de ti, no teu regaço
Não há triste destino nem má sorte.

Dona Morte, dos dedos de veludo,
Fecha-me os olhos que já viram tudo!
Prende-me às asas que voaram tanto!

Vim da Moirama, sou filha de rei,
Má fada me encantou e aqui fiquei
À tua espera... quebra-me o encanto!

(Florbella Espanca)

sábado, 6 de dezembro de 2014

Miguel, Uriel, Cassiel, Samael, Rafael, Gabriel e Sachiel...

Meu anjo de guarda noturno:
Você é quem sabe de tudo.
E quando eu peço proteção
Não é pra fugir do ladrão
Nem pra me esconder na igreja
Eu quero é que Deus nos proteja
Das dores do coração...
(Maria Gadú)

domingo, 30 de novembro de 2014

a pena de Miguel...



uma brisa passou por mim... alguns dizem que isso é "amor"... não, não é amor, amor é um sentimento humano demais para alguém como eu... não posso e não devo amar (regra de ouro do alquimista)... mas eu sei que é inspiração do vento mercurial das penas das asas de Miguel...

Ah!... A primeira linha escrita dos pensamentos que querem se libertar e toca a alma daquele que lê... eu gosto de ler pensamentos... com sentimentos profundos como os de Clarice, do Pessoa, do Saramago...  Passei três anos lendo os pensamentos de Dario Vellozo, um homem distante de mim por século de tempo, que me encantou profundamente... 

Hoje leio os pensamentos de Miguel...
Miguel existe, mas não sabe e nunca saberá que eu existo... não me interessa o que faz, onde vive, com quem vive... interessa-me apenas a pena que escreve seus pensamentos... sobre maçãs, quedas, perfumes de espíritos jovens e anjos suicidas... 
Miguel é um cabalista, sem o saber, ou talvez saiba e não revele que sabe... domina a ciência do verbo dos anjos... e sua pena é tão tristemente leve... desliza palavras cheias de sentimentos tímidos e sombrios por Valéria, que sei que manifesta Beatriz...
nunca o vi escrever uma poesia, mas já o vi falar da influência que teve de Dostoiévski... será que ele leu Noites Brancas, obra quase desconhecida de Dostoiévski... eu li...

Ele está... aqui e ali... naquilo que escreve... gosto de contemplá-lo, olhar de longe sem interferir com minha presença... não devo jamais tocá-lo, sob a pena de que morra ou vire areia...

Miguel, Miguel, Miguel... Não importa quem é Miguel...
apenas importa a sua pena que escreve que há penas...

uma pena para escrever...


Uma noite simbólica
Fui por a Sara, filha de minha amiga Roberta, para dormir e li um livro para ela "Os Fantásticos Livros Voadores do Senhor Morris Lessmore" de William Joyce...
A Ro já tinha me falado desse livro... Admiro quem escreve de forma simples, compreensível e instigante para uma criança de 6 anos... Esse é dom de poucos... e quando se comove um adulto, é um dom quase divino... Depois, rezamos a oração do Santo Anjo, igualzinho como fazia com meus filhos quando pequenos... Assim como Morris Lessmore eu também quero escrever um livro sobre as "alegrias e tristezas" de existir... para quem sabe um dia uma criança ler... sim, uma criança, pois têm coisas que só as crianças entendem...

“As histórias para crianças devem ser escritas com palavras muito simples, porque as crianças, sendo pequenas, sabem poucas palavras e não gostam de usá-las complicadas. Quem me dera saber escrever essas histórias, mas nunca fui capaz de aprender e tenho pena. Além de ser preciso escolher as palavras, faz falta um certo jeito de contar…” 
(Saramago)

sábado, 22 de novembro de 2014

o horizonte permanente...

Deja que venga lo que venga, deja ir lo que se vaya. 
Ve lo que permanece.
(Ramana Maharshi)

In: Taroteca Uruguay
 https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1511177899160867&set=a.1450569745221683.1073741836.100008060140583&type=1&theater

loin des yeux, loin du coeur...


domingo, 16 de novembro de 2014

Buenos Aires e os anjos que choram...

Recentemente fiz uma viagem a Buenos Aires, uma cidade não muito apropriada para pessoas melancólicas e solitárias como eu. Era uma viagem que eu queria fazer sozinha... Fui no dia 30 de outubro, passei o dia das bruxas, o dia de todos os santos e o dia dos mortos. Me programei para ir àquela bela livraria do teatro, ver sebos, museus e ir ao cemitério. Coisa de historiador livreiro. Mas choveu todos os dias... olhando as ruas, parecia que elas choravam, parecia que os prédios choravam, as árvores choravam, as janelas choravam...
No dia que tentei conhecer a Praça Rosada choveu e ventou muito... nesse dia chorei de frio... me refugiei no Museu Bicentenário... Almocei por lá: ensalada e vinho... Como ainda chovia, sentei para ver um filme sobre as mães da Praça de Maio... chorei mais ainda... chorei por mim, pela minha mãe que está muito doente, pelas mães argentinas, pelo clima pós eleição tenso no Brasil com gente pedindo a volta da ditadura...chorei... chorei... chorei.
No domingo pela manhã fui à feira de San Telmo, mesmo com chuva... Não consegui ver nada e de novo me refugiei num lugar quente: um café... Ali eu passei a manhã, li um livro que eu tinha comprado no aeroporto, A maçã envenenada, que fala dos sentimentos solitários e sombrios da geração perdida que curtiu Nirvana nos anos 90, uma identificação com aquilo que fui e talvez ainda seja. Depois fui ao cemitério da Recoleta, queria ver os anjos que ali guardam as memórias. Era dia dos mortos e ainda chovia, chovia muito... Mas mesmo assim, com um guarda-chuva, caminhei por entre os túmulos. Visitei o túmulo de Evita, curiosamente tão simples naquele imponente jardim de almas. Por causa da chuva, os anjos que decoravam as tumbas pareciam estar chorando... Tudo a minha volta chorava, eu, o dia, o tempo, os anjos, a eternidade... Levei um vestido, o meu mais belo vestido. Quis deixar ali o que eu tinha de mais bonito, o símbolo máximo do que poderia ser a materialidade de um sentimento: um exercício de desapego. Cantei, chorei, enxuguei as lágrimas no vestido, cantarolei por entre os túmulos, acho que cantei toda a minha dor... queria que ela ficasse ali, com todas as minhas frustrações, os meus arrependimentos, as ilusões e desilusões, as saudades daqueles que partiram para longe, saudades daqueles que partiram para não mais voltar, os meus desamores, os sentimentos platônicos e a saudade de um tempo que nunca foi. Yo estaba bien por un tiempo, volviendo a sonreír, Luego anoche te vi, tu mano me tocó, y el saludo de tu voz, Y hablé muy bien de tu, sin saber que he estado llorando por tu amor. Em espanhol, porque eu sou uma leonina dramática... Pedi licença aos que repousam e depositei o vestido numa tumba, já tomada por uma vegetação e abandonada pelo tempo, tempo de que não se tem memória... Devo ter ficado umas 3 horas chorando na chuva. Depois saí do cemitério e entrei em um restaurante, tomei mais vinho e até comi de verdade: cogumelos com queijo. E eis que começou a tocar exatamente a música que eu cantei para esquecer... como se um fantasma me perseguisse... e insistisse em se alimentar das minhas lágrimas... se é Deus, ou os anjos, ou a minha própria mente que faz isso, eu não sei... realmente não sei explicar... mas creio que ali deixei o que queria deixar... 
Quanto aos mortos, a eles vivo e dedico todo o meu trabalho... me sinto bem entre eles... posso ouvi-los... e dou-lhes voz... e eles sempre choram aquilo que não conseguiram dizer... Walter Benjamin diz que são os historiadores que os redimem... pois escrever sobre os mortos é sempre um ato de redenção...

Para 2015, estou com viagem programada para o día de los muertos para o México, mas lá será festa... quero festejar com os mortos e não mais chorar por eles...

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

asas do tempo...

antigamente o tempo tinha asas, hoje ele tem pés...
eu: nem pés, nem asas
só tenho tempo...

domingo, 9 de novembro de 2014

o último símbolo...

Minha saudosa professora de Astrologia, Joana, dizia que não precisamos buscar os livros, eles nos buscam... Curiosamente, anos depois, recebi um conselho semelhante da minha orientadora "Você acha que o que você busca está nos livros. Os livros falam quando nos querem falar..."
Depois de muito buscar, ontem, finalmente, achei o último símbolo a tatuar, para completar as 49 tatuagens (7 X 7 o número da magia)... Achei-o em um livro sobre magia mexicana na casa de minha querida comadre. Ele sintetiza várias referências que têm significado para mim. Lembra o caduceu de Mercúrio (símbolo do hermetismo), uma coisa meio a capa do álbum do Nirvana, asas de anjos, a estrela de seis pontas, que simboliza a união entre o céu e a terra e que guarda em si um sétimo ponto oculto, que representa a ascensão espiritual... falta a serpente amarela, que claro, vou adaptar, afinal o símbolo comunica arquetipicamente... e a adaptação é a transmutação pelos preceitos alquímicos da Tábua de Esmeralda...

"O que está embaixo é como o que está no alto,
e o que está no alto é como o que está embaixo.
E por essas coisas fazem-se os milagres de uma coisa só.
E como todas essas coisas são e provêm de um, pela mediação do um, assim todas as coisas são nascidas desta única coisa por adaptação."
(Hermes Trismegisto)

sábado, 8 de novembro de 2014

... os dias


De que são feitos os dias?
- De pequenos desejos,
vagarosas saudades,
silenciosas lembranças.

Entre mágoas sombrias,
momentâneos lampejos:
vagas felicidades,
inactuais esperanças.
De loucuras, de crimes,
de pecados, de glórias
- do medo que encadeia
todas essas mudanças.
Dentro deles vivemos,
dentro deles choramos,
em duros desenlaces
e em sinistras alianças...
(Cecília Meireles)

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

no dia do poeta...

Amor de mis entrañas, viva muerte,
en vano espero tu palabra escrita
y pienso, con la flor que se marchita,
que si vivo sin mí quiero perderte.
El aire es inmortal. La piedra inerte
Ni conoce la sombra ni la evita.
Corazón interior no necesita
la miel helada que la luna vierte.
Pero yo te sufrí. Rasgué mis venas,
tigre y paloma, sobre tu cintura
en duelo de mordiscos y azucenas.
Llena, pues, de palabras mi locura
o déjame vivir en mi serena
noche del alma para siempre oscura.

(Federico García Lorca)
  
Página Somos Todos Marcos. In:  https://www.facebook.com/197696613575508/photos/a.197706730241163.50429.197696613575508/881489408529555/?type=1&theater


domingo, 19 de outubro de 2014

agora eu vejo aquele beijo era mesmo o fim...

era o começo e o meu desejo se perdeu de mim
e nunca mais...

domingo, 28 de setembro de 2014

terça-feira, 23 de setembro de 2014

fui eu...

Há algo errado no paraíso
É muito mais que contradição
Sou eu caindo num precipício
Você passando num avião...
(Paralamas)

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

horizontes...

Onde eu gostaria de morar?!
No horizonte...

domingo, 7 de setembro de 2014

domingo, 31 de agosto de 2014

domingo, 24 de agosto de 2014

le fabuleux destin...

"Segue o teu destino...
Rega as tuas plantas;
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias..."
(Fernando Pessoa)

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

apenas há penas, contemplemos então...

antes
apenas contemplamos...
habitamos o céu, o éter, as bibliotecas, livrarias, sebos, museus, cemitérios...
o mundo da memória...
gostamos de inspirar aqueles que escrevem, aqueles que pintam, aqueles que tocam, aqueles que dançam...
costumamos assistir ao por do sol...
e ouvir o som do silêncio...

nossa fala é melancolicamente perfumada...

depois
quando caímos, perdemos nossa armadura
e também nossas asas...
mas não a sensibilidade...
e as penas contemplamos...

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

hey-de...

Hey-de
começar mais tarde

por ora
sou a pegada 
do passo por acontecer...

Mia Couto

quarta-feira, 23 de julho de 2014

different colors made of tears...


Shiny, shiny, shiny boots of leather
Whiplash girlchild in the dark
Comes in bells, your servant, don't forsake him
Strike, dear mistress, and cure his heart

Downy sins of streetlight fancies
Chase the costumes she shall wear
Ermine furs adorn the imperious
Severin, Severin awaits you there

I am tired, I am weary
I could sleep for a thousand years
A thousand dreams that would awake me
Different colors made of tears

Kiss the boot of shiny, shiny leather
Shiny leather in the dark
Tongue of thongs, the belt that does await you
Strike, dear mistress, and cure his heart

Severin, Severin, speak so slightly
Severin, down on your bended knee
Taste the whip, in love not given lightly
Taste the whip, now plead for me

I am tired, I am weary
I could sleep for a thousand years
A thousand dreams that would awake me
Different colors made of tears

Shiny, shiny, shiny boots of leather
Whiplash girlchild in the dark
Severin, your servant comes in bells, please don't forsake him
Strike, dear mistress, and cure his heart...

domingo, 20 de julho de 2014

metamorfoseou-se, bateu asas e voou...

"A alma é uma borboleta...
há um instante em que uma voz nos diz
que chegou o momento de uma grande metamorfose..."
(Rubem Alves)

sábado, 19 de julho de 2014

Prece


Concede-me, Senhor, a graça de ser boa,
De ser o coração singelo que perdoa,
A solícita mão que espalha, sem medidas,
Estrelas pela noite escura de outras vidas
E tira d'alma alheia o espinho que magoa.
(Helena Kolody)

quinta-feira, 17 de julho de 2014

um pouco mais de alma...

(...)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára (a vida não pára não)

(Paciência, Lenine)

quarta-feira, 16 de julho de 2014

lynchiana mente...


Recentemente estive com uma grande amiga em um bar em Curitiba no qual a decoração, com muitas cortinas de veludo vermelho, foi inspirada nessa cena do filme do David Lynch... curitibanos e suas referências inusitadas...

... que é o tempo?

"Que é, pois, o tempo?
Se ninguém me perguntar, eu sei;
se o quiser explicar a quem me fizer a pergunta, já não sei."
(Confissões, Santo Agostinho)

In.: RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa. SP: Papirus, 1995.

Poetanegro


A poesia que tentei copiar e colar para essa postagem, ao ser publicada, traduz-se sozinha... 
algum comando do Google, que não conheço...

sexta-feira, 4 de julho de 2014

pó, ética e mente...

do pó viemos,
ao pó voltaremos,
só pó...
pó e sia...

segunda-feira, 30 de junho de 2014

pletora de alegria um show de Jorge Ben Jor...


Pletora: para mim a palavra mais linda da Língua Portuguesa, seguida de clitóris e suscita...Não, não pelos seus significados, significado é um valor atribuído a algo, é pela fonética mesmo. Elas fazem cócegas nos ouvidos... 

... serpentina

A Serpente que Dança
(Baudelaire)

Que eu te amo ver, lânguida amante,
Do corpo que excele
Como um tecido vacilante,
Transluzir a pele!
Sobre o teu cabelo profundo
De acre, perfumado,
mar odorante e vagabundo,
Moreno e azulado,
Como um navio que desponta,
Ao vento matutino
Em sonho minha alma se apronta,
Para um céu sem destino.
Nos teus olhos ninguém lobriga
Doçura ou martírio,
São jóias frias que são liga
De ouro e letargírio.
Ao ver teu corpo que balança,
Bela de exaustão,
Dir-se-ia serpente que dança
Em torno de um bastão.
Todos os ócios com certeza
Tua fronte movem
Que passeia com a moleza
De elefante jovem,
E o teu corpo se alonga e pende
Tal nave se mágoas,
Que as margens deixa e após estende
Suas vergas na água.
Onda crescida da fusão
De gelos frementes
Se a água de tua boca então
Alcança os teus dentes,
Bebo uma taça rubra e cheia
Muita amarga e calma,
Um líquido céu que semeia
Astros em minha alma!

Tradução: Jamil Almansur Haddad

sexta-feira, 27 de junho de 2014

que pena...

... ela era uma rosa e as outras eram manjericão...
que pena...

emoção...

ver de perto, bem perto, o Jorge Ben Jor cantar Os alquimistas com citações de John Dee...

sábado, 21 de junho de 2014

... o beijo de Maya (a ilusão)

Por um beijo despenquei de meu céu,
caí de meu paraíso
e perdi minhas asas...
Meu coração que era leve e faceiro
se tornou duro e glacial...
Beijo do amor verdadeiro?!
Hum...
Eis minha maldição, porque não há tal coisa...
(livre interpretação)

sábado, 14 de junho de 2014

... and the ground beneath her feet

Li recentemente a obra inspiradora de Salman Rushdie, Os Versos Satânicos, e havia me esquecido de sua pequena participação no filme O Hotel de Um Milhão de Dólares do Win Wenders...

"(...) decerto faz parte do castigo [de quem despencou do céu] não ter
 (...) lugar em que possa pousar a sola do pé." 


sexta-feira, 13 de junho de 2014

... poeta Pessoa...

Contemplo o que não vejo. 
É tarde, é quase escuro. 
E quanto em mim desejo 
Está parado ante o muro. 

Por cima o céu é grande; 
Sinto árvores além; 
Embora o vento abrande, 
Há folhas em vaivém. 

Tudo é do outro lado, 
No que há e no que penso. 
Nem há ramo agitado 
Que o céu não seja imenso. 

Confunde-se o que existe 
Com o que durmo e sou. 
Não sinto, não sou triste. 
Mas triste é o que estou. 

13 de Junho de 1888: nascimento de Fernando Pessoa.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

namoram eles, contemplo eu...


namoram-se eles... 
contemplo-os eu...

sábado, 7 de junho de 2014

Kali Durga Namoh Namah...

Existem muitos mantras de proteção contra energias negativas de diferentes tipos. O mantra Kali Durge Namo Namah invoca a Mãe Divina Kali e Durga para derrotar as forças escuras de qualquer tipo. 

Kali e Durga são a mesma energia. Elas são protetoras divinas, defensoras da Luz da Compaixão que vence o mal dentro de nós e à nossa volta. Utilizando este mantra você amplifica o poder positivo em sua vida e se move em direção ao seu maior potencial.

Kali é considerada a general que comanda todas as Legiões de Luz. Ela consome toda a ignorância, arrogância e anexos, portanto, ela termina o nosso ciclo de morte e renascimento, orientando-nos para a Iluminação.

Kali e Durge são conhecidas como apaziguadoras do sofrimento e estão associadas  Chama Violeta da Transmutação. Elas são a chama de transformação, a Luz Violeta que purifica o início e, portanto, limpa seu caminho de karmas negativos e samskaras (impressões psíquicas).

Durga traz as forças da luz e abre o caminho para sua positividade surgir e ficar mais forte a cada passo do caminho. Elas são as duas formas Guerreiras da Mãe Divina e representam a vitória divina. Nenhuma energia negativa tem chance contra a Deusa Guerreira da Luz!

Kali e Durge protegem a Luz dentro de nós e a Luz em todo o Universo. Elas vencem todas as trevas. A mitologia indiana tem também muitas histórias que mostram que os Devas não são tão poderosos quanto a Shakti. Em alguns mitos, um demônio (Asura) muito poderoso vence todos os Devas (masculinos) e eles vão então pedir ajuda à Grande Deusa, que assume uma de suas formas mais terríveis (como Durga ou Kali) e destrói todos os demônios.

Editado de : http://lizzabathory.blogspot.com/2013/04/mantra-de-protecao-kali-durge-namo-nama.html#ixzz340QWsFPs

domingo, 1 de junho de 2014

porque caí...

E os anjos, menos felizes no céu,
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão
(...)
(Edgar Allan Poe)

sábado, 31 de maio de 2014

sábado, 24 de maio de 2014

a brevidade do eterno...

_ Quanto tempo dura o eterno?
_ Às vezes, só um segundo...

sexta-feira, 23 de maio de 2014

será que o anjo caído tem saudades do céu?!

Satã, confinado assim à instável condição de vagabundo, sem rumo, não 
possui morada certa; pois embora tenha, como conseqüência de sua natureza 
angélica, uma espécie de império na vastidão líquida ou no ar, decerto faz parte 
de seu castigo não ter [...] um lugar em que possa pousar a sola do pé. 

Daniel Defoe, The History of the Devil

"Para nascer de novo", cantava Gibreel Farishta despencando do céu, 
"é preciso morrer primeiro. Ho ji! Ho ji!  Para pousar no seio da 
terra, é preciso voar primeiro. Tat-taa! Taka-thun! Como sorrir de 
novo, se não se chorou primeiro? Como conquistar o coração da amada, mister, 
sem um suspiro? Baba, se você quer nascer de novo..." 

(Salman Rushdie - Os versos satânicos)

In: http://teceresteares.files.wordpress.com/2011/12/salman-rushdie-os-versos-satc3a2nicos.pdf

o condicionado...

poesia da alma que não desiste...

domingo, 18 de maio de 2014

sexta-feira, 16 de maio de 2014

na pele...

obra de Taiom Almeida...

quarta-feira, 14 de maio de 2014

cristalizada mente...

somewhere in Europe...

.


Fonte: Revista Bula

segunda-feira, 12 de maio de 2014

She has a house and garden...

She lives on Love Street...
Lingers long on Love Street...

domingo, 11 de maio de 2014

quinta-feira, 8 de maio de 2014

no céu...

hierarquias superiores...

do céu...

mano del ángel...

assim como em cima, é o que está embaixo...

Hermes Trismegistus

... escreveu com uma ponta de diamante em uma lâmina de esmeralda...

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Ísis sem véu...

Esfinge, ao luar, cismando. Em que é que cisma a
Esfinge
Ísis, no céu, fulgura, entre lírios de Amon...
E o luar brilha; e o luar dorme; e o luar cinge
Nilo que vai rolando a barca de Caron.
(...)
Diadema de luz a tua fronte auréola;
Osíris brilha. Osíris sonha em teu seio de pérola!...
E a Esfinge dorme; e o Luar brilha; e o Nilo sonha.

Dorme! Esfinge do amor no céu sudário etéreo!
Brilha! Flor imortal, flor de Amon! Brilha e sonha.
Ísis! Lótus do Além! - Ísis, flor do Mistério!

Apolônio de Tiana (Mestre Dario Vellozo)

21 Julho, 1898.
Esotéricas 1900

terça-feira, 6 de maio de 2014

Miguel...

Santo Anjo da Guarda,
Arcanjo Miguel,
Que me foste dado por Deus
Como companheiro para toda a minha vida,
Salva-me para a eternidade e
Cumpre o teu dever para comigo,
O qual te confiou o amor de Deus.
Inspire-me sabedoria,
E dai-me força na luta.
Fecha para mim todo o caminho e pensamento incorretos.
Abre os meus olhos para Deus e para a luz.
Mas fecha os meus ouvidos diante das insinuações do inimigo.
Vigia sobre mim quando estou dormindo, e fortalece-me durante o dia
para o dever e para a conquista.
Afaste de mim as energias sórdidas e as influências ferinas.
Seja-me a alegria da vitória e a recompensa na terra e no céu.

Amém.

(oração adaptada) 

sábado, 3 de maio de 2014

faceira mente...

O diabo, que a tudo odeia,
Teme que o ódio lhe falte
Diante de uma alma faceira...
(autor não identificado)

quinta-feira, 1 de maio de 2014

a sabedoria e o tempo...

... para que a pressa 
se o futuro é a morte?

poesia, até quando prosa....


de tanto falar, mudo
o resto é prosa,
poesia é tudo!
c.m.

the moon and the deep blue sea...


quarta-feira, 30 de abril de 2014

mentes...


Da vida... não fales nela,
quando o ritmo pressentes.
Não fales nela que a mentes.
Se os teus olhos se demoram
em coisas que nada são,
se os pensamentos se enfloram
em torno delas e não
em torno de não saber
da vida... Não fales nela.
Quanto saibas de viver
nesse olhar se te congela.
E só a dança é que dança,
quando o ritmo pressentes.
Se, firme, o ritmo avança,
é dócil a vida, e mansa...
Não fales nela, que a mentes.
(Jorge de Sena, Pedra Filosofal)

segunda-feira, 28 de abril de 2014

domingo, 27 de abril de 2014

a ciência dos homens...

... depois de estudar a ciência divina, vejamos então, a ciência dos homens...

A ciência, a ciência, a ciência...
Ah, como tudo é nulo e vão!
A pobreza da inteligência
Ante a riqueza da emoção!

Aquela mulher que trabalha
Como uma santa em sacrifício,
Com quanto esforço dado ralha!
Contra o pensar, que é o meu vício!

A ciência! Como é pobre e nada!
Rico é o que alma dá e tem.
[...]

(Fernando Pessoa)

sábado, 26 de abril de 2014

quarta-feira, 23 de abril de 2014

wild flower...

To see a world in a grain of sand 
and heaven in a wild flower 
Hold infinity in the palms of your hand 
and eternity in an hour.
(Blake)

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Bras ilha...

Brasília: tenho muito a agradecer a essa cidade que me recebeu de asas abertas, leva tempo até a improvável adaptação... é uma cidade que te pede uma prova de amor o tempo todo e te devolve solidão... aqui meus filhos cresceram, correram nos parques, fizeram amigos... também fiz amigos... que vem e vão.... dói quando eles partem... fico feliz quando permanecem... o aprendizado que ela te dá é que aqui nada é perene, tudo está em constante transformação...
a foto é de meu lugar preferido: a Ermida Dom Bosco, onde o por do sol é acompanhado de uma poesia muda de anjos e do prazer da solidão... obrigada Brasília por me ensinar a conhecer a mim mesma...

p.s.: olhe para o céu, hoje tem chuva de meteoros!

mente...

O samsara é a sua mente, o nirvana também é a sua mente.
Todo prazer e toda dor, e todas as ilusões e enganos não existem
em parte alguma senão na sua mente.
Ganhar o controle da sua própria mente:
Este é o âmago da prática do bardo do vir-a-ser.
(RINPOCHE, Sogyal. O livro tibetano do viver e do morrer. São Paulo: Editora Talento, 1999. p. 433.)