And I don't believe in the existence of angels But looking at you I wonder if that's true But if I did I would summon them together And ask them to watch over you
Meu anjo de guarda noturno:
Você é quem sabe de tudo.
E quando eu peço proteção
Não é pra fugir do ladrão
Nem pra me esconder na igreja
Eu quero é que Deus nos proteja
Das dores do coração...
uma brisa passou por mim... alguns dizem que isso é "amor"... não, não é amor, amor é um sentimento humano demais para alguém como eu... não posso e não devo amar (regra de ouro do alquimista)... mas eu sei que é inspiração do vento mercurial das penas das asas de Miguel...
Ah!... A primeira linha escrita dos pensamentos que querem se libertar e toca a alma daquele que lê... eu gosto de ler pensamentos... com sentimentos profundos como os de Clarice, do Pessoa, do Saramago... Passei três anos lendo os pensamentos de Dario Vellozo, um homem distante de mim por século de tempo, que me encantou profundamente...
Hoje leio os pensamentos de Miguel...
Miguel existe, mas não sabe e nunca saberá que eu existo... não me interessa o que faz, onde vive, com quem vive... interessa-me apenas a pena que escreve seus pensamentos... sobre maçãs, quedas, perfumes de espíritos jovens e anjos suicidas...
Miguel é um cabalista, sem o saber, ou talvez saiba e não revele que sabe... domina a ciência do verbo dos anjos... e sua pena é tão tristemente leve... desliza palavras cheias de sentimentos tímidos e sombrios por Valéria, que sei que manifesta Beatriz...
nunca o vi escrever uma poesia, mas já o vi falar da influência que teve de Dostoiévski... será que ele leu Noites Brancas, obra quase desconhecida de Dostoiévski... eu li...
Ele está... aqui e ali... naquilo que escreve... gosto de contemplá-lo, olhar de longe sem interferir com minha presença... não devo jamais tocá-lo, sob a pena de que morra ou vire areia...
Miguel, Miguel, Miguel... Não importa quem é Miguel...
apenas importa a sua pena que escreve que há penas...
Fui por a Sara, filha de minha amiga Roberta,
para dormir e li um livro para ela "Os Fantásticos Livros Voadores do
Senhor Morris Lessmore" de William Joyce...
A Ro já tinha me falado
desse livro... Admiro quem escreve de forma simples, compreensível e instigante
para uma criança de 6 anos... Esse é dom de poucos... e quando se
comove um adulto, é um dom quase divino... Depois, rezamos a oração do
Santo Anjo, igualzinho como fazia com
meus filhos quando pequenos... Assim como Morris Lessmore eu também
quero escrever um livro sobre as "alegrias e tristezas" de existir...
para quem sabe um dia uma criança ler... sim, uma criança, pois têm
coisas que só as crianças entendem...
“As histórias para crianças
devem ser escritas com palavras muito simples, porque as crianças, sendo
pequenas, sabem poucas palavras e não gostam de usá-las complicadas.
Quem me dera saber escrever essas histórias, mas nunca fui capaz de
aprender e tenho pena. Além de ser preciso escolher as palavras, faz
falta um certo jeito de contar…”
Recentemente fiz uma viagem a Buenos Aires, uma cidade não muito apropriada para pessoas melancólicas e solitárias como eu. Era uma viagem que eu queria fazer sozinha... Fui no dia 30 de outubro, passei o dia das bruxas, o dia de todos os santos e o dia dos mortos. Me programei para ir àquela bela livraria do teatro, ver sebos, museus e ir ao cemitério. Coisa de historiador livreiro. Mas choveu todos os dias... olhando as ruas, parecia que elas choravam, parecia que os prédios choravam, as árvores choravam, as janelas choravam...
No dia que tentei conhecer a Praça Rosada choveu e ventou muito... nesse dia chorei de frio... me refugiei no Museu Bicentenário... Almocei por lá: ensalada e vinho... Como ainda chovia, sentei para ver um filme sobre as mães da Praça de Maio... chorei mais ainda... chorei por mim, pela minha mãe que está muito doente, pelas mães argentinas, pelo clima pós eleição tenso no Brasil com gente pedindo a volta da ditadura...chorei... chorei... chorei.
No domingo pela manhã fui à feira de San Telmo, mesmo com chuva... Não consegui ver nada e de novo me refugiei num lugar quente: um café... Ali eu passei a manhã, li um livro que eu tinha comprado no aeroporto, A maçã envenenada, que fala dos sentimentos solitários e sombrios da geração perdida que curtiu Nirvana nos anos 90, uma identificação com aquilo que fui e talvez ainda seja. Depois fui ao cemitério da Recoleta, queria ver os anjos que ali guardam as memórias. Era dia dos mortos e ainda chovia, chovia muito... Mas mesmo assim, com um guarda-chuva, caminhei por entre os túmulos. Visitei o túmulo de Evita, curiosamente tão simples naquele imponente jardim de almas. Por causa da chuva, os anjos que decoravam as tumbas pareciam estar chorando... Tudo a minha volta chorava, eu, o dia, o tempo, os anjos, a eternidade... Levei um vestido, o meu mais belo vestido. Quis deixar ali o que eu tinha de mais bonito, o símbolo máximo do que poderia ser a materialidade de um sentimento: um exercício de desapego. Cantei, chorei, enxuguei as lágrimas no vestido, cantarolei por entre os túmulos, acho que cantei toda a minha dor... queria que ela ficasse ali, com todas as minhas frustrações, os meus arrependimentos, as ilusões e desilusões, as saudades daqueles que partiram para longe, saudades daqueles que partiram para não mais voltar, os meus desamores, os sentimentos platônicos e a saudade de um tempo que nunca foi. Yo estaba bien por un tiempo, volviendo a sonreír, Luego anoche te vi, tu mano me tocó, y el saludo de tu voz, Y hablé muy bien de tu, sin saber que he estadollorando por tu amor. Em espanhol, porque eu sou uma leonina dramática... Pedi licença aos que repousam e depositei o vestido numa tumba, já tomada por uma vegetação e abandonada pelo tempo, tempo de que não se tem memória... Devo ter ficado umas 3 horas chorando na chuva. Depois saí do cemitério e entrei em um restaurante, tomei mais vinho e até comi de verdade: cogumelos com queijo. E eis que começou a tocar exatamente a música que eu cantei para esquecer... como se um fantasma me perseguisse... e insistisse em se alimentar das minhas lágrimas... se é Deus, ou os anjos, ou a minha própria mente que faz isso, eu não sei... realmente não sei explicar... mas creio que ali deixei o que queria deixar...
Quanto aos mortos, a eles vivo e dedico todo o meu trabalho... me sinto bem entre eles... posso ouvi-los... e dou-lhes voz... e eles sempre choram aquilo que não conseguiram dizer... Walter Benjamin diz que são os historiadores que os redimem... pois escrever sobre os mortos é sempre um ato de redenção...
Para 2015, estou com viagem programada para o día de los muertos para o México, mas lá será festa... quero festejar com os mortos e não mais chorar por eles...
Minha saudosa professora de Astrologia, Joana, dizia que não precisamos buscar os livros, eles nos buscam... Curiosamente, anos depois, recebi um conselho semelhante da minha orientadora "Você acha que o que você busca está nos livros. Os livros falam quando nos querem falar..."
Depois de muito buscar, ontem, finalmente, achei o último símbolo a tatuar, para completar as 49 tatuagens (7 X 7 o número da magia)... Achei-o em um livro sobre magia mexicana na casa de minha querida comadre. Ele sintetiza várias referências que têm significado para mim. Lembra o caduceu de Mercúrio (símbolo do hermetismo), uma coisa meio a capa do álbum do Nirvana, asas de anjos, a estrela de seis pontas, que simboliza a união entre o céu e a terra e que guarda em si um sétimo ponto oculto, que representa a ascensão espiritual... falta a serpente amarela, que claro, vou adaptar, afinal o símbolo comunica arquetipicamente... e a adaptação é a transmutação pelos preceitos alquímicos da Tábua de Esmeralda...
"O que está embaixo é como o que está no alto,
e o que está no alto é como o que está embaixo.
E por essas coisas fazem-se os milagres de uma coisa só.
E como todas essas coisas são e provêm de um, pela mediação do um, assim todas as coisas são nascidas desta única coisa por adaptação." (Hermes Trismegisto)
De que são feitos os dias? - De pequenos desejos, vagarosas saudades, silenciosas lembranças.
Entre mágoas sombrias, momentâneos lampejos: vagas felicidades, inactuais esperanças.
De loucuras, de crimes, de pecados, de glórias - do medo que encadeia todas essas mudanças.
Dentro deles vivemos, dentro deles choramos, em duros desenlaces e em sinistras alianças...
Amor de mis entrañas, viva muerte, en vano espero tu palabra escrita y pienso, con la flor que se marchita, que si vivo sin mí quiero perderte. El aire es inmortal. La piedra inerte Ni conoce la sombra ni la evita. Corazón interior no necesita la miel helada que la luna vierte. Pero yo te sufrí. Rasgué mis venas, tigre y paloma, sobre tu cintura en duelo de mordiscos y azucenas. Llena, pues, de palabras mi locura o déjame vivir en mi serena noche del alma para siempre oscura. (Federico García Lorca)
Página Somos Todos Marcos. In: https://www.facebook.com/197696613575508/photos/a.197706730241163.50429.197696613575508/881489408529555/?type=1&theater
antes
apenas contemplamos...
habitamos o céu, o éter, as bibliotecas, livrarias, sebos, museus, cemitérios...
o mundo da memória...
gostamos de inspirar aqueles que escrevem, aqueles que pintam, aqueles que tocam, aqueles que dançam...
costumamos assistir ao por do sol...
e ouvir o som do silêncio...
nossa fala é melancolicamente perfumada...
depois
quando caímos, perdemos nossa armadura
e também nossas asas...
mas não a sensibilidade...
e as penas contemplamos...
Shiny, shiny, shiny boots of leather
Whiplash girlchild in the dark
Comes in bells, your servant, don't forsake him
Strike, dear mistress, and cure his heart
Downy sins of streetlight fancies
Chase the costumes she shall wear
Ermine furs adorn the imperious
Severin, Severin awaits you there
I am tired, I am weary
I could sleep for a thousand years
A thousand dreams that would awake me
Different colors made of tears
Kiss the boot of shiny, shiny leather
Shiny leather in the dark
Tongue of thongs, the belt that does await you
Strike, dear mistress, and cure his heart
Severin, Severin, speak so slightly
Severin, down on your bended knee
Taste the whip, in love not given lightly
Taste the whip, now plead for me
I am tired, I am weary
I could sleep for a thousand years
A thousand dreams that would awake me
Different colors made of tears
Shiny, shiny, shiny boots of leather
Whiplash girlchild in the dark
Severin, your servant comes in bells, please don't forsake him
Strike, dear mistress, and cure his heart...
Recentemente estive com uma grande amiga em um bar em Curitiba no qual a decoração, com muitas cortinas de veludo vermelho, foi inspirada nessa cena do filme do David Lynch... curitibanos e suas referências inusitadas...
Pletora: para mim a palavra mais linda da Língua Portuguesa, seguida de clitóris e suscita...Não, não pelos seus significados, significado é um valor atribuído a algo, é pela fonética mesmo. Elas fazem cócegas nos ouvidos...
Li recentemente a obra inspiradora de Salman Rushdie, Os Versos Satânicos, e havia me esquecido de sua pequena participação no filme O Hotel de Um Milhão de Dólares do Win Wenders...
"(...) decerto faz parte do castigo [de quem despencou do céu] não ter
Existem muitos mantras de proteção contra energias negativas de diferentes tipos. O mantra Kali Durge Namo Namah invoca a Mãe Divina Kali e Durga para derrotar as forças escuras de qualquer tipo.
Kali e Durga são a mesma energia. Elas são protetoras divinas, defensoras da Luz da Compaixão que vence o mal dentro de nós e à nossa volta. Utilizando este mantra você amplifica o poder positivo em sua vida e se move em direção ao seu maior potencial.
Kali é considerada a general que comanda todas as Legiões de Luz. Ela consome toda a ignorância, arrogância e anexos, portanto, ela termina o nosso ciclo de morte e renascimento, orientando-nos para a Iluminação.
Kali e Durge são conhecidas como apaziguadoras do sofrimento e estão associadas Chama Violeta da Transmutação. Elas são a chama de transformação, a Luz Violeta que purifica o início e, portanto, limpa seu caminho de karmas negativos e samskaras (impressões psíquicas).
Durga traz as forças da luz e abre o caminho para sua positividade surgir e ficar mais forte a cada passo do caminho. Elas são as duas formas Guerreiras da Mãe Divina e representam a vitória divina. Nenhuma energia negativa tem chance contra a Deusa Guerreira da Luz!
Kali e Durge protegem a Luz dentro de nós e a Luz em todo o Universo. Elas vencem todas as trevas. A mitologia indiana tem também muitas histórias que mostram que os Devas não são tão poderosos quanto a Shakti. Em alguns mitos, um demônio (Asura) muito poderoso vence todos os Devas (masculinos) e eles vão então pedir ajuda à Grande Deusa, que assume uma de suas formas mais terríveis (como Durga ou Kali) e destrói todos os demônios.
Editado de : http://lizzabathory.blogspot.com/2013/04/mantra-de-protecao-kali-durge-namo-nama.html#ixzz340QWsFPs
Esfinge
Ísis, no céu, fulgura, entre lírios de Amon...
E o luar brilha; e o luar dorme; e o luar cinge
Nilo que vai rolando a barca de Caron.
(...)
Diadema de luz a tua fronte auréola;
Osíris brilha. Osíris sonha em teu seio de pérola!...
E a Esfinge dorme; e o Luar brilha; e o Nilo sonha.
Dorme! Esfinge do amor no céu sudário etéreo!
Brilha! Flor imortal, flor de Amon! Brilha e sonha.
Ísis! Lótus do Além! - Ísis, flor do Mistério!
Arcanjo Miguel,
Que me foste dado por Deus
Como companheiro para toda a minha vida,
Salva-me para a eternidade e
Cumpre o teu dever para comigo,
O qual te confiou o amor de Deus.
Inspire-me sabedoria,
E dai-me força na luta.
Fecha para mim todo o caminho e pensamento
incorretos.
Abre os meus olhos para Deus e para a luz.
Mas fecha os meus ouvidos diante das insinuações do inimigo.
Vigia sobre mim quando estou dormindo, e fortalece-me durante o dia
para o dever e para a conquista.
Afaste de mim as energias sórdidas e as influências
ferinas.
Seja-me a alegria da vitória e a recompensa na
terra e no céu.
Brasília: tenho muito a agradecer a essa cidade que me recebeu de asas abertas, leva tempo até a improvável adaptação... é uma cidade que te pede uma prova de amor o tempo todo e te devolve solidão... aqui meus filhos cresceram, correram nos parques, fizeram amigos... também fiz amigos... que vem e vão.... dói quando eles partem... fico feliz quando permanecem... o aprendizado que ela te dá é que aqui nada é perene, tudo está em constante transformação...
a foto é de meu lugar preferido: a Ermida Dom Bosco, onde o por do sol é acompanhado de uma poesia muda de anjos e do prazer da solidão... obrigada Brasília por me ensinar a conhecer a mim mesma...
p.s.: olhe para o céu, hoje tem chuva de meteoros!