quinta-feira, 1 de agosto de 2013

perfumada mente...

Ontem, um querido amigo fez o seguinte comentário sobre este meu blog:

“Arye, seu blog expressa uma poesia tão sensível que parece um perfume. Mas é também tão triste e melancólico... Que passa em sua alma, minha amiga?”

Respondi que não era a primeira vez que associavam esse blog à expressão “perfume”... talvez seja porque os alquimistas sabem os segredos das fórmulas dos perfumes reais e etéreos: lágrimas e orvalhos.

Quando não existiam blogs eu escrevia poemas em cadernos, à mão. Por anos cultivei esse hábito. Joguei-os fora porque hoje a Internet acaba sendo um grande caderno de poesias. Mas lembro-me que folhei alguns antes de lhes dar um destino final. Senti estima por mim mesma. Minha letra era tão bonita. Sempre fui muito “caprichosa”, como dizem na minha terra. E minha temática parece nunca ter mudado: a existência, Deus, os anjos e o amor... tudo sempre perfumado de muita melancolia.

Ano passado comprei um caderno lindo, que tem na capa uma obra do Klimt, para retomar esse meu vício de "poemar" o mundo e talvez até arriscar umas linhas... Ainda não escrevi nada e talvez nunca escreva... Por enquanto fico com a poesia emprestada da Alice, da Clarice, da Florbela e da Hilda Hilst... Desde que aprendi a ler e escrever, a poesia sempre foi a expressão da lágrima minha de cada dia. Assim ensinou Erato à Psiquê a transmutar a dor da alma em perfume de palavras...

Em resumo, querido amigo, a poesia é minha lágrima perfumada de cada dia. Mas é também minha alegria e minha pena... Obrigada pela bela observação.

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