sábado, 3 de agosto de 2013

Clarices...

Minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia.
Agora sei: sou só.
Eu e minha liberdade que não sei usar.
Grande responsabilidade da solidão.
Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama.
Quanto a mim, assumo a minha solidão.
Que às vezes se extasia como diante de fogos de artifício.
Sou só e tenho que viver uma certa glória íntima
que na solidão pode se tornar dor.
E a dor, silêncio.
Guardo o seu nome em segredo.
Preciso de segredos para viver.
(Clarice)

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