domingo, 8 de setembro de 2013

Nocte...

Ah! Como amam os meus pés a carícia
da grama dos campos escarpados!
Como amo mergulhar no Oceano Infinito do Cosmo
e dele extrair pérolas de estrelas!
Quantas foram as horas sem fim em que
eu passei sem dormir e a contemplar as estrelas divinas?
Já não me lembro mais.

Porque perdia-me de mim mesmo e ficava
em uníssono com minhas irmãs maiores.
Eu as amo, Nocte, eu as amo com todo o meu Ser.
Porque meu Ser é o mesmo que o Ser delas.
Eu também sou uma Estrela.
A única diferença entre eu e elas é que
eu decaí e meu brilho divino encontra-se
encoberto pela casca de carne que me reveste.

Elas continuam a brilhar, felizes no firmamento,
mas não têm consciência de sua própria divindade.
Essa é a nossa diferença: consciência.
Cá estou, decaído, mas amando minha pátria Celeste,
com os pés no chão e a cabeça nos Céus.
Elas lá em cima, radiando, com seus olhos de luz voltados para nós.

Awmergin, o Bardo

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