segunda-feira, 2 de setembro de 2013

dói longe, dói perto...

 luto por mim mesmo
(Paulo Leminski)

a luz se põe
em cada átomo do universo
noite absoluta
desse mal a gente adoece
como se cada átomo doesse
como se fosse esta a última luta

o estilo desta dor
é clássico
dói nos lugares certos
sem deixar rastos
dói longe dói perto
sem deixar restos
dói nos himalaias, nos interstícios
e nos países baixos

uma dor que goza
como se doer fosse poesia
já que tudo mais é prosa

Um comentário:

  1. Que lindo isso... De novo postei algo sobre um tema parecido agorinha Arie! Olha só:

    http://thaismarino.blogspot.com.br/2013/09/long-nights.html

    Aliás, vc já viu esse filme?

    Ainda estou escrevendo seu e-mail visse? Rs!

    Bjsss

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