sexta-feira, 8 de maio de 2009

Sob o véu do símbolo...


Ai de mim se revelo e ai de mim se não revelo!
Se digo o que sei, os maus aprenderão a cultuar seu mestre;
se não digo, os bons companheiros continuarão
ignorantes da verdadeira sabedoria.
Mutus Liber, Livro I

Os mistérios do Egito
Alma cega! Arma-te do facho dos Mistérios, e na noite terrestre descobrirás teu luminoso Duplo, tua Alma celeste. Segue este guia divino e que ele seja teu Gênio. Pois ele tem a chave de tuas existências passadas e futuras.

Apelo aos Iniciados (segundo o Livro dos Mortos)
Escutai em vós mesmos e olhai no infinito do Espaço e do Tempo. Lá retumbam o canto dos Astros, a voz dos Números, a harmonia das Esferas. Cada sol é um pensamento de Deus e cada planeta um modo desse pensamento. Almas! É para conheceres o pensamento divino que desceis e subis penosamente a estrada dos sete planetas e seus sete céus. Que fazem os Astros? Que dizem os Números? Que rolam as esferas? - Almas perdidas ou salvas! Eles cantam, eles dizem, eles rolam vossos destinos!
(Fragmentos herméticos. In.: SCHURÉ, Édouard. Os grandes iniciados: Hermes)

Diz a esfinge: saber, querer, ousar e calar. Minha dúvida até então era: como falar aos que buscam o caminho sem revelar o segredo aos profanos?
A resposta que encontrei foi: por meio do SÍMBOLO!!! Desde os confins dos tempos, ele tem velado e revelado o grande mistério. Então, posso revelar algumas coisas, pois só aquele que tem as chaves (o conhecimento dos arquétipos simbólicos) entenderá a minha mensagem.

Sou grato Ao que do pó que sou
Me levantou.
E me fez nuvem um momento
De pensamento.
Ao de quem sou, erguido pó,
Símbolo só.
(Fernando Pessoa)

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