Dizem alguns que o dia 2 de janeiro é o dia de Inanna, a representação sumeriana da polêmica Lilith hebraica, deusa do vinho, da colheita e do amor oculto. Não sei se é verdade, pois os sumérios tinham outro calendário e eu estou com preguiça de pesquisar.
De qualquer forma, ontem aconteceu a primeira lua do ano: lua nova, chamada de lua negra, lua de Lilith.
Por coincidência, talvez, já que eu desisti de entender o que é coincidência, ganhei um lindo presente do padre da instituição onde eu trabalho: uma vassoura artesanal produzida pela família dele, que mora no interior de São Paulo. Quando me deu, disse-me "Eu sei que isso tem significado para você." Fiquei tão surpresa... acho que nunca na história uma bruxa ganhou uma vassoura de um padre em um dia tão simbólico...
Quase voltei voando para casa...
Fragmento do poema
de Enheduanna dedicado à Inanna
Rainha de
todos os poderes conferidos
Revelada
qual clara luz
Mulher
invencível vestida de brilho
Céu e terra
são seus abrigos
És a eleita
e sacrificada, óh tu
Grandiosa
por suas galas
És coroada
com tua amada bondade
Suma
sacerdotisa, és justa
Suas mãos
têm sete poderes fixos
Minha
rainha, de forças fundamentais
Guardiã das
origens cósmicas e essenciais
Tu exaltas
os elementos
Ata-os a
tuas mãos
Reúne em ti
os poderes
Aprisionando-os
em teu peito
(...)
És o rio que
transborda montanha abaixo
És Inanna
Suprema no
céu e na terra.
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