sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Inanna...

Dizem alguns que o dia 2 de janeiro é o dia de Inanna, a representação sumeriana da polêmica Lilith hebraica, deusa do vinho, da colheita e do amor oculto. Não sei se é verdade, pois os sumérios tinham outro calendário e eu estou com preguiça de pesquisar. 
De qualquer forma, ontem aconteceu a primeira lua do ano: lua nova, chamada de lua negra, lua de Lilith. 
Por coincidência, talvez, já que eu desisti de entender o que é coincidência, ganhei um lindo presente do padre da instituição onde eu trabalho: uma vassoura artesanal produzida pela família dele, que mora no interior de São Paulo. Quando me deu, disse-me "Eu sei que isso tem significado para você."  Fiquei tão surpresa... acho que nunca na história uma bruxa ganhou uma vassoura de um padre em um dia tão simbólico... 
Quase voltei voando para casa... 

Fragmento do poema de Enheduanna dedicado à Inanna
Rainha de todos os poderes conferidos
Revelada qual clara luz
Mulher invencível vestida de brilho
Céu e terra são seus abrigos
És a eleita e sacrificada, óh tu
Grandiosa por suas galas
És coroada com tua amada bondade
Suma sacerdotisa, és justa
Suas mãos têm sete poderes fixos
Minha rainha, de forças fundamentais
Guardiã das origens cósmicas e essenciais
Tu exaltas os elementos
Ata-os a tuas mãos
Reúne em ti os poderes
Aprisionando-os em teu peito
(...)
És o rio que transborda montanha abaixo
És Inanna
Suprema no céu e na terra.

GALICIA, Aline Lara; HINOJO, Adriana (Trad.) Los escritos de Enheduanna: Los poemas más antiguos que se han descubierto. p. 32-33. Actualidades Arqueológicas, revista de estudiantes de arqueología en México. Año 5, n. 25. Enero – Marzo 2001S.

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