domingo, 18 de novembro de 2012

rio do tempo...

Esquecimento


Tenta esquecer-me… 
Ser lembrado é como evocar 
Um fantasma… 
Deixa-me ser o que sou, 
O que sempre fui, um rio que vai fluindo… 
Em vão, em minhas margens cantarão as horas, 
Me recamarei de estrelas como um manto real, 
Me bordarei de nuvens e de asas, 
Às vezes virão a mim as crianças banhar-se… 
Um espelho não guarda as coisas refletidas! 
E o meu destino é seguir… é seguir para o mar, 
As imagens perdendo no caminho… 
Deixa-me fluir, passar, cantar… 
Toda a tristeza do rio
É não poder parar!

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