Ai, ai de mim. Enquanto caminhas
Em lúcida altivez, eu já
sou o passado.
Esta fronte que é minha,
prodigiosa
De núpcias e caminho
É tão diversa da tua fronte
descuidada.
Tateio. E a um só tempo vivo
E vou morrendo. Entre terra
e água
Meu existir anfíbio. Passeia
Sobre mim, amor, e colhe
o que me resta:
Noturno girassol. Rama secreta.
(Hilda)